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O fim do TradeLens

27/01/2023

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Recentemente foi anunciado o fim do TradeLens, da Maersk.

Como é de conhecimento, o TradeLens é uma plataforma de rastreamento de cadeia de suprimentos baseada em blockchain criada pela IBM em colaboração com a empresa de transporte marítimo Maersk. Ela foi lançada em 2018 visando melhorar a eficiência e a transparência na cadeia de suprimentos marítima, permitindo que as partes interessadas acompanhem a localização e o status dos contêineres em tempo real.

É importante destacar, que durante os 4 anos que a plataforma se manteve ativa, sua adoção foi limitada, sendo necessário mais tempo para verificar se ela seria amplamente adotada e se realmente traria benefícios significativos para o setor marítimo.

No entanto, a detentora da tecnologia optou por sua descontinuação, visando criar rastreamento mais eficiente de remessas globais com sistemas TOS mais robustos.

Como mencionamos em artigos anteriores, existem vários experimentos e projetos em andamento no setor marítimo para usar a tecnologia blockchain. Alguns exemplos incluem:

  • Rastreamento de contêineres: várias empresas estão usando a blockchain para rastrear contêineres em toda a cadeia de suprimentos marítima. Isso permite que as partes interessadas acompanhem a localização e o status dos contêineres em tempo real, o que aumenta a eficiência e a transparência.

  • Documentação: também está sendo usada para armazenar e compartilhar documentos relacionados ao comércio marítimo, como certificados de registro, licenças e autorizações. Isso facilita a verificação de documentos e reduz a necessidade de papelada.

  • Pagamentos: algumas empresas estão experimentando o uso da blockchain para facilitar pagamentos entre as partes interessadas na cadeia de suprimentos marítima, incluindo armadores, transportadores e agentes de carga. Isso pode aumentar a velocidade e a segurança dos pagamentos.

  • Registro de propriedade: A blockchain pode ser utilizada para registrar e gerenciar a propriedade de navios, permitindo a transmissão automática de propriedade, e garantindo a precisão das informações de propriedade.

Por que a iniciativa não vingou?

Em nossa opinião, vários foram os entraves que o TradeLens enfrentou, mas o que destacamos com certeza foi o número baixo de participantes. Em seu tempo de operação, o sistema rastreou pouco menos de 70 milhões de contêineres e publicou aproximadamente 36 milhões de documentos eletrônicos de remessa.

É claro que o fim da operação não se deve apenas a este fator, outros pontos precisam ser considerados, como:

  • Falta de comprometimento, ou seja, os participantes do Projeto nunca se dispuseram a compartilhar seus dados em colaboração;
  • A solução era cara e fez com que se tornasse um investimento altíssimo e muito complexo, fazendo com que os players não recebessem nenhum retorno sobre o investimento;
  • Mesmo que de forma velada, faltou imparcialidade, uma vez que a solução estava sendo conduzida por um dos players mais importante do nicho, e ter seus dados compartilhados parecia arriscado.

A boa notícia?

Digamos que a partir da experiência do TradeLens, ficou claro a necessidade que o setor enfrenta: manter o ritmo de inovação em seus processos, contando com um sistema que ofereça uma integração fácil e confiabilidade de dados.

Ou seja, digitalizar a cadeia de suprimentos continua sendo um desafio, porém é importante buscar por soluções mais robustas e transparentes, que reduzam o atrito comercial e promova o comércio global.

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